Doença de Dupuytren é uma doença benigna da fáscia palmar e digital (tecido que fica logo abaixo da pele na mão) que consiste na formação de nódulos e cordas de tecido fibromatoso que podem puxar os dedos e causar contraturas. Sua causa é multifatorial, estando relacionada à um componente genético e multifatorial associado a diversas causas.
É mais comum em indivíduos de origem caucasiana (brancos), japoneses e raro em negros. O grupo de maior risco, chamado de diátese, consiste de homens brancos, com história familiar positiva, doença bilateral, lesões em outros locais (como na planta do pé e no pênis) e início da doença antes dos 50 anos. Ela é mais frequente em pacientes que apresentam diabetes, alcoolismo, epilepsia, tabagismo, SIDA e doenças vasculares.
Existe uma correlação da doença com profissões que envolvem uso de força braçal e submetem a mão a microtraumas repetitivos.
A doença geralmente se inicia com um nódulo doloroso na prega palmar logo abaixo dos dedos, que aumenta de tamanho e vai formando cordas que podem se estender à palma da mão ou à base dos dedos. Conforme as cordas engrossam e encurtam, as contraturas (dedo vai dobrando) podem aparecer e a pessoa vai perdendo a capacidade de esticar completamente o dedo doente. O 4º dedo (anelar) e o 5º dedo (mindinho) geralmente são os mais acometidos, porém os demais também podem apresentar a doença de dupuytren. Ela é progressiva, sua gravidade depende de cada paciente e ela apresenta um grau variável de recidiva após o tratamento.
O diagnóstico da Doença de Dupuytren é essencialmente clínico, com uma boa história clínica e os achados de exame físico o médico já é capaz de identificar a doença. Raramente são necessários exames complementares e estes são solicitados quando há necessidade de estudo das articulações e para esclarecimento de outros nódulos.
O tratamento para Doença de Dupuytren é conservador até que comece a se formar as contraturas, que são facilmente identificadas pelo teste da mão espalmada sobre a mesa. No caso de indicação cirúrgica: existem diversas técnicas disponíveis, e dependendo do grau de acometimento e da quantidade de dedos envolvida, bem como o tempo de doença e as demais estruturas envolvidas (articulações) elas poderão ser indicadas. Existe um risco de recidiva sendo mais comum nos pacientes que apresentam mais fatores de risco.
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