Rizartrose é uma doença que acomete a articulação da base do polegar, provocando o afilamento da cartilagem e a degeneração articular progressiva, o que vai levando a formação espículas ósseas (osteófitos) dentro da articulação. É de causa multifatorial e de predisposição genética. Tende a acometer mais as mulheres, e em idades mais precoces, do que homens.
Os sintomas mais comuns são dor na base do polegar e região tenar. Perda de força para pinçar objetos e preensão podem estar associados. As queixas surgem com a dor e dificuldade de abrir fechaduras, potes de vidro e escrever.
O diagnóstico da Rizartrose é simples, feito através de uma história clínica e um exame clínico minucioso. A aparência do polegar e a base do polegar podem estar alteradas, com aumento de volume e até com uma deformidade (abaulamento) da base do polegar causados pelo aumento das estruturas conforme há a formação e aumento de tamanho dos osteófitos. Um teste simples é o teste de cisalhamento (grind test) que conseguimos perceber uma fricção acentuada da articulação, bem como a instabilidade ligamentar gerada pela patologia. Na figura a cima como é feito o teste.
Um exame de RX auxilia para confirmação diagnóstica e para podermos ter uma ideia do grau de comprometimento articular para pensarmos nas formas de tratamento. Na figura abaixo rx demonstrando todos os estágios da doença.
O tratamento inicial para Rizartrose é sempre conservador, que associamos medicações, uso de compressas geladas/quentes, uso de órtese, infiltrações. A grande maioria dos pacientes, devido à idade avançada e a baixa demanda acaba tendo um resultado satisfatório com esse tratamento. Pacientes mais jovens tendem a ter mais dificuldade com o tratamento conservador devido ao nível de atividade mais elevado.
O tratamento cirúrgico depende do estágio em que a doença se encontra. Pois há uma correlação da doença com instabilidade ligamentar, portanto em alguns casos pode ser feito apenas um reforço ligamentar com enxerto. Existe o debridamento articular artroscópico, técnica recentemente introduzida para tratamento dessa patologia. Classicamente se fazia a resseção completa ou parcial do osso trapezoide, que é o osso que se encontra na base do polegar e onde há o atrito que provoca a dor. Existem outras técnicas também, conhecidas como suspensoplastias que envolvem resseções completas ou parciais do trapezoide e a realização de uma estabilização da base do polegar com enxerto de algum tendão.
Importante salientar que em estudo recente, todas as técnicas cirúrgicas demonstram o mesmo resultado de satisfação, funcional entre elas, com resultados acima de 90% de satisfação.
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