O que é?
Oriundo da Espanha, em 1998, a Eletrólise Percutânea Intratisular ou simplesmente EPI® é uma técnica minimamente invasiva que foi criada com o objetivo de tratar tendinopatias crônicas em pacientes que, em sua maioria, fazem parte do meio esportivo, como jogadores de futebol, basquete, vôlei, nadadores e corredores.
No entanto, o procedimento também se mostra efetivo para aqueles que não praticam esportes, mas possuem problemas crônicos musculares ou nos tendões, por exemplo.
Como funciona?
O aparelho de EPI® emite uma corrente galvânica, uma carga elétrica que se mantém em uma mesma intensidade a todo o momento com a utilização de eletrodos, um positivo e outro negativo. A carga é transportada por meio de uma pequena agulha na região lesionada, causando a destruição do tecido fibrótico e gerando uma inflamação “controlada”, induzindo a autorregeneração e desencadeando a formação de um novo tecido na área da lesão.
Quando necessário?
Como já citado, o EPI® é utilizado em pacientes que possuem lesões crônicas como tendinopatias, anomalias ósseas e problemas musculares:
Tendinopatia do Aquiles
É o processo inflamatório e degenerativo do tendão calcâneo, ocorre tanto em sua inserção quanto na zona crítica a 2-4 cm acima do osso.
A zona crítica, por ser uma região pouco vascularizada, os tratamentos tendem a ser um pouco mais demorados e com maiores chances de complicações. Na zona insercional, mais vascularizada, tendem a ter respostas melhores as medidas de analgesia medicamentosa, gelo, elevação da parte posterior do pé com o uso de uma calcanheira/palmilha corretiva, repouso e até mesmo a imobilização com botas tipo robofoot.⠀
Em casos refratários a intervenção é necessária e podem ser indicadas terapias regenerativas como agulhamento seco, infiltrações (em caso de bursites), eletrólise percutânea, terapia de onda de choque.
Tendinopatia do Patelar
É o processo inflamatório e degenerativo do tendão que liga a patela à tíbia. Comum em atletas de corrida e futebol.
O indivíduo pode realizar atividades físicas, mas precisa dosar a intensidade e a frequência e orientação de um fisioterapeuta e preparador físico é diferencial importante. Em casos refratários a intervenção é necessária e podem ser indicadas terapias regenerativas como agulhamento seco, infiltrações e eletrólise percutânea EPI®
O EPI® é seguro?
O procedimento é totalmente seguro, com tanto que passe por uma avaliação do ortopedista e seja acompanhado de um fisioterapeuta ou do próprio profissional que solicitou a realização do procedimento. Além disso, o procedimento é indolor e acelera a recuperação do tecido lesionado do paciente, sendo uma terapia inovadora e de fácil realização.