O reimplante de extremidades é considerado uma das cirurgias mais desafiadoras na medicina. Afinal, o procedimento consiste em conectar o segmento amputado ao seu local de origem e, ao mesmo tempo, buscar o melhor resultado estético-funcional.
É possível reimplantar diversas estruturas do corpo, não apenas mãos e dedos, mas também braços, pernas, lábio, orelhas, nariz, face e pênis, por exemplo. No entanto, muitos fatores influenciam na possibilidade de realizar a cirurgia e no sucesso do procedimento.
A cirurgia de reimplante das extremidades é motivada por amputações traumáticas, causadas por acidentes de trânsito, acidentes de trabalho ou acidentes domésticos. Mas, como funciona o procedimento e quais fatores influenciam no sucesso da cirurgia?
Extremidade amputada? Saiba como proceder
Antes de qualquer coisa, quando falamos na possibilidade de reimplantar mãos e dedos amputados, o momento chave acontece antes, logo após a amputação. Entendemos que se trata de uma situação delicada, mas é importante manter a calma.
Isso porque um dos fatores que mais influenciam no sucesso do reimplante de extremidades é o cuidado dispensado ao acondicionamento e transporte do membro amputado. Para não cometer erros, é importante seguir algumas recomendações:
- Contenha o sangramento com um curativo limpo;
- Não aplique torniquetes ou faça garrotes no membro;
- Embrulhe a extremidade com gaze umedecida com soro ou ringer lactato;
- Proteja a extremidade embrulhada em um saco plástico e coloque-o em um recipiente com gelo.
Uma das principais recomendações é NÃO COLOCAR a extremidade amputada em contato direto com o gelo. Após seguir essas recomendações, os tecidos podem suportar até 12 horas. Além disso, procure ajuda especializada imediatamente, quanto antes, melhor.
Como funciona o reimplante de extremidades?
Primeiramente, embora o reimplante de extremidades seja o desejo de todo paciente que sofreu algum acidente traumático que ocasionou a amputação de dedos ou mãos, nem sempre é possível realizá-lo, ainda que o membro tenha sido preservado corretamente.
Por exemplo, se o paciente não está em boas condições de saúde e/ou se sofreu lesões importantes em outras áreas do corpo, o reimplante de extremidade pode não ser indicado, pois a prioridade sempre será a manutenção da vida.
Da mesma forma, a cirurgia pode ser inviabilizada quando o mecanismo de amputação machucou muito o local do trauma. O tempo decorrido entre o acidente, o armazenamento do segmento amputado e a cirurgia também podem contraindicar o reimplante.
A cirurgia de reimplante de extremidades é de alta complexidade. O procedimento consiste em restabelecer a circulação de sangue através da reconexão dos vasos sanguíneos, e restabelecer a função através de fixação óssea, reparos tendinosos, musculares e nervosos. Em alguns casos a cirurgia leva até 12 horas para terminar. A reabilitação pós-operatória é essencial para recuperar a função.
Cirurgia reconstrutiva de extremidades? Fale com um especialista
O reimplante de extremidades é realizado pelo médico ortopedista especialista em cirurgia reconstrutiva, muitas vezes em conjunto com o cirurgião plástico. Para mais informações, agende uma consulta com o Dr. Gustavo Campanholi.