O nosso punho, ou pulso, é uma das articulações mais importantes do nosso corpo, visto que ela garante mais mobilidade para as nossas mãos na execução de inúmeras tarefas. Composto por 8 pequenos ossos, além dos dois ossos que compõem o antebraço (o rádio e a ulna), o pulso permite a movimentação da palma da mão, o deslocamento do pulso, movimentos de rotação, entre outros. Contudo, devido à sua composição e estrutura, é uma articulação muito sensível e que está sujeita a lesões, como é o caso da fratura no pulso que é a segunda fratura mais comum do ser humano. Estima-se que 12% de todos os adultos com mais de 55 anos venham a ter alguma fratura do punho durante a vida.
Essa fratura pode acontecer de inúmeras maneiras, seja durante a prática esportiva como o basquetebol, voleibol, tênis, como também em acidentes, quedas e impactos. Por ser composto por diversas estruturas, a fratura no pulso pode acontecer de diferentes maneiras, sendo a mais comum a fratura do rádio.
O primeiro sintoma dessa lesão é a dor, acompanhado pela limitação de mobilidade e o inchaço. Em alguns casos, o paciente também pode desenvolver um hematoma na região onde a lesão acontece. Fraturas em ossos menores, como as fraturas de escafóide por exemplo, não costumam resultar em sintomas tão aparentes, mas também causam dor e limitação de movimentos.
Essas fraturas podem acontecer de diferentes formas, podendo manter o alinhamento dos ossos ou resultar em instabilidade ou em fragmentos ósseos deslocados. Em casos mais graves, o paciente pode sofrer uma fratura exposta, que é caracterizada pelo rompimento da pele pelo osso. Essas fraturas apresentam um maior risco, pois devido a exposição, estão mais sujeitas a infecções.
Portadores de osteoporose também podem ficar mais sujeitos a fraturar o pulso e outras estruturas do corpo, devido a fragilidade dos ossos.
Diagnóstico de fratura no pulso
Para realizar o diagnóstico, o médico vai analisar o quadro do paciente e o seu histórico, entendendo como acidente aconteceu para conseguir determinar qual foi a estrutura danificada. Acompanhado de radiografias, é possível determinar qual o osso está lesionado e a partir daí, determinar qual o melhor tratamento.
Em alguns casos, principalmente onde a fratura atinge os ossos menores, pode ser necessário realizar uma ressonância magnética ou uma tomografia computadorizada para a localização da lesão ou de fragmentos que possam ter se desprendido do osso fraturado. Dependendo de como o acidente aconteceu, existe a possibilidade de lesão das estruturas adjacentes, como os ligamentos, músculos, nervos e tendões que fazem parte do pulso.
Independentemente do caso,o tratamento prescrito pelo médico deve compreender todas essas lesões .
É necessário realizar cirurgia para fratura no pulso?
O tratamento dessa lesão vai depender das suas características, ou seja: qual o padrão da fratura, se houve o deslocamento ou não da estrutura óssea, estabilidade, saúde do paciente, condições prévias, entre outros. Levando em consideração todos esses fatores, o médico pode determinar o tratamento ideal para correção do problema.
Uma fratura que não apresenta deslocamento pode ser tratada através de uma órtese ou uma uma tala gessada para a imobilização do membro. Em casos mais graves, pode ser necessário realizar um procedimento cirúrgico para correção do dano, principalmente nos casos onde há um grande deslocamento ósseo, presença de fragmentos ou fraturas expostas. Essa cirurgia pode ser realizada para colocação de pinos, placas, ou outro tipo de fixação.
Em alguns casos pode ser necessário realizar um enxerto ósseo no osso que foi fraturado, principalmente quando estão faltando partes ou tiveram fraturas graves. Diante dos sintomas, é importante buscar ajuda de médico especialista para determinar o diagnóstico correto e a partir daí, implementar o tratamento ideal.