As malformações congênitas (anomalias congênitas ou doenças congênitas) podem ser classificadas como anomalias estruturais ou funcionais. Elas ocorrem durante a gestação e podem ser identificadas ainda durante a gravidez, no nascimento ou após alguns dias de vida. É o caso, por exemplo, da sindactilia, conhecida como “doença dos dedos grudados”.
Embora seja considerada uma condição rara, a sindactilia afeta tanto os dedos das mãos quanto os dedos dos pés. A doença pode causar dificuldades para caminhar ou manusear objetos. Sendo assim, merece atenção e cuidados tão logo seja identificada. Neste contexto, entender as causas e possíveis tratamentos é essencial.
O que causa a sindactilia?
A sindactilia é uma condição bastante característica, uma vez que é marcada pela não separação entre dedos das mãos ou pés. A causa da sindactilia é uma falha de apoptose das pregas interdigitais (somos formados com mãos e pés em nadadeira, durante a gestação esse tecido que une os dedos vai automaticamente desaparecendo) que acontece ainda na fase intrauterina, ou seja, durante a gestação.
Essa falha de diferenciação faz com que os dedos nasçam grudados. É uma condição rara, mas que é considerada a anomalia congênita mais frequente das mãos. É mais comum entre os dedos médio e anelar, no entanto, pode acometer outros dedos.
O desenvolvimento da sindactilia está diretamente relacionado a anomalias genéticas e hereditárias. Dessa forma, pode não envolver qualquer tipo de fator externo. No entanto, é importante destacar que a sindactilia pode estar correlacionada com outras patologias.
Pacientes diagnosticados com Síndrome de Apert, na qual o crânio sofre anomalias ósseas e tem seu formato distorcido, e com a Síndrome de Carpenter, caracterizada pelo achatamento encefálico, por exemplo, também apresentam a sindactilia.
Sindactilia cutânea ou simples
Na sindactilia simples, a junção acontece nas partes moles dos membros (mãos e pés) e pode ser completa ou incompleta, que permite a movimentação parcial dos dedos. O espaço entre o dedo anelar e o terceiro dedo geralmente é o mais afetado.
Sindactilia com sinostose ou complexa
Já a sindactilia complexa ocorre quando há fusão dos ossos e pode ocorrer parcialmente (quando não são todos os ossos afetados) ou completa (quando a fusão engloba todos os ossos dos dedos afetados). É de tratamento mais difícil pois a sua separação não envolve apenas a cobertura cutânea, mas também podem estar comprometidos tendões, vasos sanguíneos e inervação sensitiva. Como tratar a sindactilia?
A sindactilia é uma doença rara, que pode prejudicar o funcionamento dos dedos das mãos e dos pés, afetando a qualidade de vida dos pacientes, mas que também afeta a autoestima, uma vez que apresenta uma alteração estética marcante.
Por essa razão, a busca por um tratamento é perfeitamente compreensível. O tratamento para sindactilia é cirúrgico. E a boa notícia é que, como a alteração pode ser detectada ainda no útero, a intervenção cirúrgica já é indicada a partir dos três meses.
O objetivo da cirurgia, além de corrigir a alteração estética é, principalmente, evitar que um mau desenvolvimento motor ocorra na formação do paciente. Mas, nos casos em que a anormalidade não compromete a mobilidade para caminhar ou correr, pode não haver necessidade de uma intervenção cirúrgica, pois a anomalia não afeta a vida do paciente.
Consulte um especialista em sindactilia
O tratamento da sindactilia é cirúrgico e deve ser feito por um ortopedista. O Dr. Gustavo Campanholi é médico ortopedista com especialização em Cirurgia da Mão, Microcirurgia Reconstrutiva, Artroscopia de Punho e Traumatologia Geral. Agende sua consulta.